domingo, novembro 14, 2010

"Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas."  Caio Fernando Abreu


Fui olhar o microscopia (o outro blog que eu fiz só pra colar textos que me fazem tropeçar durante essas andanças virtuais) e concluí o que já esperava: o senhor supracitado (tô com mania dessa palavra, o juridiquês dos últimos dias finalmente me corrompeu, cumprindo seu papel) vem me seduzindo a ponto de não conseguir ler mais nada que não ele. De livros sobre Geomorfologia a Lewis Carroll, tudo é desinteressante.
E por meio desta portanto, declaro a plenos pulmões para esse infinito de ninguéns, o desuso sensível e latente deste blog.


Declarações finais: 


- Orgulhosa da Sra. (mesmo solteira, gostei mais do que de srta., sei lá) Laiane Marchon, para a qual eu já guardava no peito um 'entrou na Letras e nunca mais quis saber de deixar os reles mortais aqui em contato com suas posses'. Assumo-me surpreendida e engolindo a seco cada fonema dessa minha opinião nunca verbalizada. Era só raiva por ter me trocado pelo resto do mundo.


- Pretendo assistir a peça "Aqueles Dois' pela 3ª, 4ª vez se puder. Faz todo sentido, eu sei. E se quiser me acompanhar, aviso de antemão que pode dar nisso.


- Reparei que só sei publicar tristezas. Até acho que estou fazendo certo e isso já foi pensado por alguém. Alguém que pensou que o amor não deve ser gritado. Talvez. Mas quem sabe eu aprenda, venho aprendendo tanta coisa durante essa falta de voz...

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