Eu quis comer você é o nome da música.
Quis que você adentrasse por meus poros todos. Quis que seu suor fosse absorvido pelas minhas papilas gustativas. Te fodi de todas as maneiras durante todos os olhares. Te violentei a cada toque. A cada trago te fiz minhas entranhas. A tinta da caneta foi falhando conforme meu fôlego. Fui inteiramente cúmplice de todos os sorrisos. É engraçado como é possível ser inteiramente cúmplice de alguém que nunca se havia visto na vida, né? Era como se aquele olhar não me fosse estranho, estranho a ponto de incomodar e me fazer recusá-lo, como de costume. Eu simplesmente aceitei, absorvi, engoli, fagocitei. Até me ousei revidar. De fato a gente já se conhecia ou uma cerveja nunca colaborara tanto. Foi o melhor contato dos últimos tempos, mesmo que eu não saiba descrever o que aconteceu. Diferente de tudo que já vivenciei, só espero ter anticorpos suficientes pra isso. Ou não.