sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Eu acreditei que não seria nada. Números não costumam me significar nada. No fim das aulas eu os neguei, mais de três vezes, pior que qualquer Tomé ou seja lá que apóstolo negou Jesus três vezes (e se fudeu, coitado). E, hihi, Jesus mal sabia os irmãos que o esperavam dois mil anos depois...

Os últimos dias tenho doído, tenho dormido, tenho morrido, mais do que nunca. Tenho até me calado (é, tenho morrido, eu já falei). E aquela pergunta, aquela dúvida, o que fazer com isso aqui dentro? Nunca soube, era pra ser só um ensaio, mas esse hábito de provocar auto-dores maiores faz com que pareça uma boa idéia não gritar.
O problema é que gritar é o que de mais prazeroso já me ensinaram. Por isso não falem alto demais em vão. Posso me sentir estimulada, excitada e querer nunca mais parar. E vocês sabem, a voz acaba, os dedos perdem a coordenação motora, essa coisa toda.

Se o Leblon já era nostálgico (portanto lindo), agora ele é preto e branco. É andar nas ruas e assistir em tempo real a novela da própria vida.

Eu me decepcionei esses dias, descobri um monte de mentiras. Descobri que todas moravam na minha cabeça. De novo isso. Quero saber quem coloca essas borboletas pretas na minha cabeça.

Pff, olha eu aqui tentando salvar as tais borboletas pretas. Eu não deveria, eu desistira, estava cansada, estava esperando, estava espiando, pra no fim não dar em nada, chegar em casa e nem o sono ter pena de mim e ficar comigo.
Mesmo ele tendo dito que é serenidade, eu repito mentalmente (e baixinho) que é tristeza.

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